SÃO PAULO - O aumento do spread bancário em meio à crise financeira mundial custou R$ 8,2 bilhões aos brasileiros. Significa que o equivalente a nada menos do que 1,5% do total de investimentos em produção feitos no ano passado, ou cerca de 0,5% do consumo das famílias, foi pago a mais por causa dos aumentos do spread acima do valor correspondente à inadimplência entre setembro de 2008 e fevereiro deste ano.
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Spread é a diferença entre a taxa de juros cobrada por bancos e financeiras nas operações de crédito e a que eles pagam para captar os recursos. O custo de captação é balizado pela taxa básica de juros (Selic), que está em queda desde janeiro.
As informações são de um levantamento feito por José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os cálculos tiveram como base dados do próprio Banco Central (BC).
O trabalho da Fiesp contesta o argumento dos bancos, que alegam ter aumentado o spread por causa da maior exposição das entidades à inadimplência. "O efeito da inadimplência e de outros fatores que incidem sobre o spread não justifica as altas acentuadas dos últimos meses", diz Roriz Coelho.
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O trabalho da Fiesp contesta o argumento dos bancos, que alegam ter aumentado o spread por causa da maior exposição das entidades à inadimplência. "O efeito da inadimplência e de outros fatores que incidem sobre o spread não justifica as altas acentuadas dos últimos meses", diz Roriz Coelho.
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