
Nenhum discurso foi repetitivo. Todos foram emocionantes, engraçados, doces ou incisivos. Nenhum número foi extemporâneo, todos com um timing perfeito. Começou às 10h11, com um pronunciamento de Smokey Robinson, a voz do soul americano, com suas piadas e os olhos azuis contrastando com a pele negra.
Mas foi Berry Gordy, o homem que inventou a Motown, a fábrica de música negra dos anos 1960, quem definiu o lugar, o tempo e o espaço de Michael Jackson na música contemporânea. "Eu o conheci quando tinha 10 anos. Michael tinha uma qualidade que eu não conseguia entender perfeitamente", confessou Gordy, que gravou os primeiros discos dos Jackson Five e disse que a vida no mundo fonográfico da época era hipercompetitiva, o que obrigava a certos expedientes, a fórmulas.
Algum tempo mais tarde, quando pôde assistir de camarote à escalada da carreira solo de Michael, ficou prostrado. "Quando eu vi aquele ícone que era o moonwalk, fiquei em choque. Aquilo era mágico. Entendi que Michael gostava de criar aquilo que nunca tinha sido criado antes. Acho que Rei do Pop não é suficiente para defini-lo. Ele é simplesmente o maior entertainer que já viveu."
Queen Latifah foi outra que conseguiu entender a multiculturalidade do discurso corporal e estético de Michael Jackson. "Ele nos fez ver que há outro mundo além da América", disse. "Agora nós sabemos que não sabemos nada."
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