Criticado, Brasil volta a defender diálogo com Irã:
Amorim diz que País se mantém contra sanções e condena visão unilateral - "Não sou ingênuo sobre as dificuldades de um acordo. Mas o outro caminho, o das sanções, foi perseguido nos casos do Iraque e do Irã sem que nada tivesse acontecido", afirmou o chanceler, em entrevista ao Estado, no Itamaraty. "Se as sanções econômicas contra o Irã se tornarem mais apertadas, quem sofrerá são os setores mais frágeis da sociedade." Durante a conversa, Amorim sugeriu que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) poderia tomar a iniciativa de chamar as duas partes para dirimir as dúvidas em torno de suas propostas. Segundo ele, partiu do Irã a proposta de adquirir no exterior combustível nuclear para fabricar radiofármacos. Por isso, para Amorim, as bases do acordo ainda são aceitas pelos dois lados.
Amorim diz que País se mantém contra sanções e condena visão unilateral - "Não sou ingênuo sobre as dificuldades de um acordo. Mas o outro caminho, o das sanções, foi perseguido nos casos do Iraque e do Irã sem que nada tivesse acontecido", afirmou o chanceler, em entrevista ao Estado, no Itamaraty. "Se as sanções econômicas contra o Irã se tornarem mais apertadas, quem sofrerá são os setores mais frágeis da sociedade." Durante a conversa, Amorim sugeriu que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) poderia tomar a iniciativa de chamar as duas partes para dirimir as dúvidas em torno de suas propostas. Segundo ele, partiu do Irã a proposta de adquirir no exterior combustível nuclear para fabricar radiofármacos. Por isso, para Amorim, as bases do acordo ainda são aceitas pelos dois lados.
O chanceler disse que a insistência do Brasil pela negociação não trará problemas para sua relação com a França, país que também defende levar à votação no Conselho de Segurança da ONU uma resolução sobre novas sanções ao Irã.
Sobre essa hipótese, o voto do Brasil ainda está em aberto. "Não sei como a resolução está escrita. Não sei o que vai acontecer. Hoje, minha percepção é a de que é possível o diálogo", afirmou (leia íntegra da entrevista nesta página).
BRASÍLIA
Ciente das dificuldades de um acordo entre o Irã e o Ocidente, o chanceler Celso Amorim disse ontem que novas sanções contra Teerã não trarão os resultados pretendidos e produzirão sofrimento aos pobres do país. Amorim demonstrou sua insatisfação com o fato de a questão ser avaliada com base nas impressões de um dos lados da disputa - o Ocidente - no mesmo dia em que o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou que seu governo prepara um "pacote de sanções" contra Teerã (mais informações na página 14).
Impasse nuclear:
Em meio a pressão por sanções, Brasil defende negociar com Irã
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Rússia acena com apoio a retaliações
Israel pede ''punições imediatas''
Ameaças não vão deter programa nuclear, diz Irã
"Não sou ingênuo sobre as dificuldades de um acordo. Mas o outro caminho, o das sanções, foi perseguido nos casos do Iraque e do Irã sem que nada tivesse acontecido", afirmou o chanceler, em entrevista ao Estado, no Itamaraty. "Se as sanções econômicas contra o Irã se tornarem mais apertadas, quem sofrerá são os setores mais frágeis da sociedade."
Durante a conversa, Amorim sugeriu que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) poderia tomar a iniciativa de chamar as duas partes para dirimir as dúvidas em torno de suas propostas. Segundo ele, partiu do Irã a proposta de adquirir no exterior combustível nuclear para fabricar radiofármacos. Por isso, para Amorim, as bases do acordo ainda são aceitas pelos dois lados.
O chanceler disse que a insistência do Brasil pela negociação não trará problemas para sua relação com a França, país que também defende levar à votação no Conselho de Segurança da ONU uma resolução sobre novas sanções ao Irã.
Sobre essa hipótese, o voto do Brasil ainda está em aberto. "Não sei como a resolução está escrita. Não sei o que vai acontecer. Hoje, minha percepção é a de que é possível o diálogo", afirmou (leia íntegra da entrevista nesta página).
CONSENSO
Ontem, a França abriu uma margem para que o Brasil e outros países convençam o Irã a firmar um acordo de troca de urânio enriquecido por combustível nuclear. Paris concorda com o Brasil e acredita que ainda há espaço para a negociação de uma solução. No entanto, Paris trabalha com um plano B, que seria a busca de um consenso no Conselho de Segurança sobre novas sanções. Nesse caso, a França espera que o Brasil não atrapalhe uma eventual unanimidade e vote com todos os demais membros do órgão.
A principal resistência entre países com assento permanente no conselho vem da China. Entre os membros não-permanentes, Brasil e Turquia são contra o cerco. Nigéria e Líbano não devem votar contra o Irã.
A posição francesa é conhecida. Durante sua passagem por Manaus, em novembro, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, expressou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva seu pessimismo em relação à possibilidade de o Brasil convencer o Irã a selar o acordo. O encontro ocorreu apenas três dias após a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, a Lula.
O caderno 2 e o caderno Agrícola não estão disponíveis até agora, Nem os de ontem foram disponibilizados ainda.
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