
A decisão de Campelo foi tomada na análise de uma ação apresentada pelo Ministério Público Federal no Pará, que também foi o autor da primeira medida judicial contrária ao leilão. Em seu despacho de 50 páginas, o juiz afirmou que as audiências públicas para discussão do projeto se transformaram em "meras encenações para cumprimento dos normativos legais".
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse que já foram apresentados "argumentos suficientes" para todas as questões levantadas pelo juiz. Na avaliação do advogado, a postura dos grupos contrários ao projeto é "incongruente" quando afirmam que não houve audiências públicas em número suficiente. "O debate de Belo Monte ocorre há 30 anos."
Mesmo que a AGU consiga derrubar a liminar, o governo continuará correndo riscos. Isso porque há outras duas ações impetradas na Justiça. Uma é do próprio Ministério Público e outra da ONG Amigos da Terra - Amazônia Brasileira. Nessa última, o argumento usado é que o edital elevou em 30% o tamanho do reservatório previsto na licença prévia.
Polêmica. A polêmica sobre a construção da hidrelétrica se arrasta desde o fim da década de 1970. Apesar disso, o presidente Lula incluiu a obra no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Palácio do Planalto pressionou os órgãos ambientais para acelerar a concessão da licença prévia - sem a qual a usina não poderia ir a leilão - e se esforçou nas últimas semanas para garantir ao menos dois consórcios na disputa.
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